Secretaria de Cultura e Economia Criativa da Cidade de São Paulo celebra convênio de R$ 4,4 milhões com a Finep para projeto de preservação e digitalização de acervo da Biblioteca Mário de Andrade – Foto do evento na Biblioteca Mário de Andrade. Foto: Gustavo Gonçalves – Divulgação/Arquivo Pessoal
Iniciativa contempla implantação de um laboratório de preservação e conservação, criação de um repositório digital, entre outras ações.
A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa da Cidade de São Paulo (SMC) de São Paulo e Biblioteca Mário de Andrade (BMA), firmaram na tarde desta segunda-feira (28) convênio com a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
O evento ocorreu no Espaço Tula Pilar Ferreira, na sede da biblioteca, no centro de São Paulo, com a presença de autoridades e especialistas da área cultural e de preservação documental.
“O ano de centenário é um ano muito especial para a Mário de Andrade e esse projeto simboliza a materialização desse momento.
A biblioteca está completando 100 anos e pensando nos próximos 100, e para isso a gente tem que pensar muito na importância da Mário, uma instituição cultural, a maior biblioteca de São Paulo, a segunda maior do país.
Temos um acervo que é muito diverso, múltiplo e sabemos o quanto modernizar esse acervo permite que a gente de fato comece a pensar nos próximos 100 anos”, disse Larissa Martins, coordenadora de gestão e estratégia da Biblioteca Mário de Andrade.
A iniciativa da secretaria marcou a assinatura simbólica do projeto “Do modernismo à era digital: proposta de preservação de acervos da Biblioteca Mário de Andrade”, contemplado na chamada pública FINEP/MCTI/FNDCT – Identidade Brasil: Recuperação e Preservação de Acervos 2024. A BMA foi beneficiada com um investimento de R$ 4,4 milhões, destinado à preservação, digitalização e ampliação do acesso ao seu acervo histórico.
“Nós começamos a receber demandas de bibliotecas, como a Biblioteca Nacional, que não tinham recursos de dinheiro no fluxo cotidiano para a recuperação e a melhoria dos acervos, tinham muitas coisas se deteriorando. Então, lançamos editais somando um total 250 milhões de reais.
Quando fizemos a avaliação, eram quase 600 milhões de reais de projetos que mereciam, estavam muito bem enquadrados, muito bem feitos, como esse da Mário de Andrade.
Então, nós tomamos uma decisão com o Governo de estender o recurso para 500 milhões de reais e o formato permitiu que experiências maravilhosas como o acervo da Mário de Andrade pudessem ser contempladas”, afirmou Celso Pansera, presidente do Finep.
O projeto contempla quatro grandes ações: implantação de um laboratório de preservação e conservação; tratamento técnico e digitalização de documentos do Arquivo Histórico e da Seção de Obras Raras e Especiais; e a criação de um repositório digital, garantindo a preservação de longo prazo e o acesso remoto ao acervo.
“Uma biblioteca, que é a segunda maior do país, não pode deixar o seu acervo entrar em decomposição ou em deterioração.
Então, nós insistimos para conseguir, finalmente, um projeto que a gente pudesse abraçar, não apenas esse acervo super importante de fitas, mas também toda a parte de obras raras e abraçar a Mário de Andrade como um todo”, informou Ana Célia Navarro, presidente da Associação de Arquivistas de São Paulo.
Entre os itens que serão digitalizados estão manuscritos do Conselheiro e do Engenheiro Paula Souza, além de periódicos paulistanos dos séculos XIX e XX. A iniciativa visa proteger o acervo contra a deterioração física e democratizar o acesso ao conhecimento para pesquisadores, estudantes e o público em geral, tanto no Brasil quanto no exterior.
Participaram da cerimônia o Secretário Totó Parente, da Secretaria de Cultura e Economia Criativa da Cidade de São Paulo; Celso Pansera, presidente da Finep; Ana Célia Navarro de Andrade, presidente da Associação de Arquivistas de São Paulo; Larissa de Jesus Martins, diretora substituta da Biblioteca Mário de Andrade; e Mônica Maria Coelho Gomes, representante do projeto na BMA.
“O apoio da Finep nos permite avançar em uma missão fundamental: preservar a memória cultural de São Paulo e democratizar o acesso ao conhecimento. A Biblioteca Mário de Andrade é um patrimônio da cidade e do Brasil, e este projeto garante que seu acervo esteja protegido e disponível para futuras gerações”, afirma Totó Parente.
Secretaria de Cultura e Economia Criativa da Cidade de São Paulo celebra convênio de R$ 4,4 milhões com a Finep
Sobre
A Secretaria de Cultura e Economia Criativa da Cidade de São Paulo (SMC) de São Paulo, fundada em 1935 como Departamento de Cultura e Recreação, promove a cultura e impulsiona a economia criativa da cidade. Com mais de 90 anos de atuação, valoriza a diversidade cultural, preserva patrimônios e forma profissionais para a indústria criativa.
Com uma rede abrangente, a Secretaria de Cultura e Economia Criativa da Cidade de São Paulo (SMC) administra 13 Centros Culturais, 7 Teatros Municipais, 20 Casas de Cultura, além da Casa de Cultura Cidade Ademar, que será inaugurada em 2025, 2 museus (sendo o Museu da Cidade de São Paulo – composto de 13 unidades – e o Museu das Culturas Brasileiras em fase de obras), 54 Bibliotecas de Bairro, 15 Pontos de Leitura e 15 Bosques de Leitura, 6 EMIAs (Escolas Municipais de Iniciação Artística) e 3 unidades da Rede Daora – Estúdios Criativos das Juventudes.
A Secretaria de Cultura e Economia Criativa da Cidade de São Paulo (SMC) ainda atende 104 equipamentos de cultura e CEUs por meio do PIAPI (Programa de Iniciação Artística para a Primeira Infância), PIÁ (Programa de Iniciação Artística) e Programa Vocacional.
Secretaria de Cultura e Economia Criativa da Cidade de São Paulo
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Fonte Secretaria de Cultura e Economia Criativa da Cidade de São Paulo (SMC) Imprensa – Foto: Gustavo Gonçalves – Divulgação/Arquivo Pessoal