Conheça o Melhor Uísque do Mundo feito de milho roxo peruano

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A principio, a criadora do milho roxo INIA 601, Alicia Medina Hoyos, comemorou o reconhecimento internacional dado em Nova York ao uísque peruano “Don Michael” como o melhor do mundo e garantiu que esta distinção terá um impacto nos produtores de Cajamarca porque haverá uma maior demanda pelo insumo andino para o preparo da bebida.

Assim, Medina disse que o dono da empresa que fabrica o uísque nacional lhe falou há dias sobre sua participação no concurso realizado em Nova York, nos Estados Unidos. “Recebi com muita alegria a notícia do reconhecimento e espero pelos benefícios que isso vai gerar para os produtores porque haverá maior consumo da bebida e mais demanda pelo milho roxo”, afirmou.

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Além disso, em declarações à Agência Andina, a pesquisadora Alicia Medina, do Instituto Nacional de Inovação Agrária de Cajamarca, revelou que o principal insumo para a produção do uísque Don Michael é a farinha do grão do milho roxo e quando foi premiado em também nos Estados Unidos afetará a produção e comercialização de sementes pelo INIA.

Segundo “Os agricultores vão precisar de sementes e esperamos que eles se organizem, formem organizações para trabalharem juntos e recebam assistência técnica para comercializar seu produto. Em Cajamarca, o milho roxo INIA 601 já é cultivado em toda a região porque é um produto rentável”, afirmou.

Sobre o uísque peruano, comentou que há um representante comercial nesta cidade, é um produto bem recebido e vendido a 180 soles a garrafa. “Pessoalmente, muitas pessoas me perguntam sobre essa bebida, também pelas redes. Nos reconhecimentos e eventos que participei, trouxe uísque para compartilhar”.

Logo, Medina lembrou que em junho passado, por ocasião da 24ª reunião latino-americana de milho, o fabricante de Don Michael esteve em Cajamarca e participou da feira internacional realizada em Los Baños del Inca, onde se reuniu com os produtores de supermilho roxo e doou pequenas garrafas de uísque para os participantes.

“Não sou especialista nessa bebida, mas o milho roxo dá um sabor gostoso. Não é muito forte em álcool. O mais importante é que seja feito com ingredientes andinos e tenha uma porcentagem de antocianina que favorece a saúde”, disse o engenheiro do INIA, especificando que neste momento os produtores estão coletando farinha para enviar à empresa em Lima.

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Outros produtos
A indústria de panificação ganhou notoriedade na região ao utilizar o milho roxo na fabricação de pães, biscoitos e panetones. “Hoje tive contato com os representantes da padaria Campos (uma das mais conhecidas de Cajamarca) para divulgar o milho roxo e ver a possibilidade de começarem a incluir nosso produto na preparação de seus famosos donuts”, disse Alicia Medina.

Comentou que a panificadora La Ecológica trabalha com milho roxo na elaboração de seus produtos e para as festas de fim de ano costuma preparar panetón, o mesmo ocorre com panificadoras das províncias de Hualgayoc e Cajabamba.

“Para nós é um sonho entrar na indústria farmacêutica, para Cajamarca industrializar nosso produto em benefício da população e dos produtores. Não é um sonho distante, o que aconteceu com o uísque vai impactar os consumidores, as autoridades e os empresários que vão apostar neste produto de Cajamarca”, afirmou.

Em outro momento, a pesquisadora também destacou a entrada do milho roxo em feiras regionais como “Consuma o que Cajamarca produz” que acontece mensalmente na esplanada do complexo Qhapaq Ñan desta cidade e em breve estará presente na IV CaxaCuy regional festival com a deliciosa chicha roxa.

Investigação
Como pesquisadora do INIA Cajamarca, Medina afirmou que continua alinhada com o milho e recentemente com a Universidade Autônoma de Chota iniciaram um projeto de pesquisa que consiste em colocar sementes em campos magnéticos e depois ver o rendimento, o teor de antocianina em esquilos , coroa, bráctea ou panca.

“Essa pesquisa é um concurso que ganhamos no Concytec, é um trabalho interessante que começou a nível de laboratório e em novembro vamos continuar com a parte agronômica. Como há outros nessa iniciativa, continuo como especialista no programa nacional do milho. Há muito a fazer, muito a divulgar e promover o milho que está a dar frutos”, sublinhou.

O boom do milho roxo INIA 601 atingiu as regiões de Ancash, La Libertad, Lambayeque, Arequipa, Ayacucho e Lima que já cultivam o produto. “Tivemos uma reunião com um professor da Universidade de Pasco que vai adquirir sementes para pesquisas; Também está adquirindo a semente Apurímac, cujo custo varia entre 13 e 14 soles dependendo da categoria”, finalizou Medina.