O Papa Francisco morreu hoje (21/04) pela manhã – Foto: Divulgação/Arquivo Pessoal – Crédito CNBB
Segundo comunicado CNBB na manhã desta segunda-feira, o Vaticano anunciou, com profundo pesar, o falecimento do Papa Francisco. O comunicado foi feito pelo camerlengo da Igreja, cardeal Joseph Farrell, diretamente da Capela da Casa Santa Marta:
“Às 7h35 desta manhã, o Bispo de Roma, Papa Francisco, retornou à casa do Pai. Toda a sua vida foi dedicada ao serviço do Senhor e da Sua Igreja.
Ensinou-nos a viver os valores do Evangelho com fidelidade, coragem e amor universal, especialmente voltado aos mais pobres e marginalizados.
Com imensa gratidão por seu testemunho como verdadeiro discípulo de Jesus Cristo, confiamos sua alma ao infinito amor misericordioso do Deus Trino.”
O Papa Francisco morreu hoje (21/04) pela manhã
Última Mensagem
Na véspera de sua partida, no domingo, o Papa apareceu na sacada da Basílica de São Pedro para a tradicional mensagem de Páscoa Urbi et Orbi, pronunciada por Monsenhor Diego Ravelli, mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias. Essa tornou-se, assim, sua última mensagem ao mundo.
No texto, o Papa ressaltou o verdadeiro significado da Páscoa como celebração da vida:
“Cristo ressuscitou! Nesse anúncio reside o sentido pleno da nossa existência — feita não para a morte, mas para a vida. A Páscoa é a festa da vida!
Deus nos criou para viver, e deseja que a humanidade renasça. Aos olhos Dele, toda vida é preciosa: desde a da criança no ventre da mãe até a do idoso ou do doente, frequentemente descartados em tantos países.”
O Papa Francisco lamentou os muitos conflitos que assolam o mundo, destacando a violência recorrente, inclusive dentro das famílias, contra mulheres e crianças. Relembrou também o sofrimento dos mais frágeis e marginalizados, como os migrantes.
“Hoje, desejo que redescubramos a esperança — esperança nas pessoas e na possibilidade da paz.”
Com preocupação, mencionou a situação na Terra Santa, onde católicos e ortodoxos celebraram a Páscoa juntos neste ano. Condenou o crescimento do antissemitismo e qualificou como “dramática e ignóbil” a crise humanitária em Gaza.
Em sua despedida, o Papa fez um último apelo pela paz, afirmando que ela “não será possível sem um verdadeiro desarmamento”. Pediu que os recursos destinados à guerra sejam revertidos para alimentar os famintos, ajudar os necessitados e promover o desenvolvimento:
“Essas são as verdadeiras armas da paz: aquelas que constroem o futuro, em vez de espalhar a morte.”
E concluiu: “Que o princípio da humanidade seja sempre o norte das nossas ações. Diante da crueldade dos conflitos, que atingem civis, escolas, hospitais e agentes humanitários, não nos esqueçamos de que não são alvos que estão sendo atingidos, mas pessoas — com alma e dignidade.”
Antes de se despedir, Francisco deixou ainda um desejo: que esta Páscoa, em pleno Ano Jubilar, seja ocasião para libertar prisioneiros de guerra e presos políticos — como sinal de reconciliação e esperança renovada.
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O Papa Francisco morreu hoje (21/04) pela manhã
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