SPFWN57 – Trend na passarela. Fotos exclusivas: Crédito Iva Santanna Divulgação/Arquivo Pessoal
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A estilista Marina Bitu e sua sócia Cecília Baima fizeram uma viagem ao Cariri cearense para investigar tanto as raízes da estilista quanto a pesquisa têxtil para a coleção apresentada no SPFW.
A natureza, os povos originários, a tradição artesanal e até as pedras da região serviram de inspiração para as técnicas utilizadas na criação dos vestidos e conjuntos dessa estação.
Por exemplo: tingimento com casca de romã sobre linho que transparente remete a pedra de calc ário laminado em tom amarelo.
Os máxi fuxicos em forma de flor fazem referência às plantas angiospermas, descobertas pela primeira vez nessa região. E os micro paetês de bioplástico (feitos com glicerina, pó de café e óleo de girassol) fazem uma conexão com os fósseis.
Muito interessante o trabalho de fibras de palha de bananeira nos crochês e nas franjas. Uma coleção rica em referências mas que pode ser admirada também como boas peças de roupas para curtir uma viagem pelo Ceará e pelo mundo.
SPFWN57 – Trend na passarela
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Rafael Silvério se debruçou em nostalgia e a ideia de envelhecimento após a morte da avó em uma coleção que celebra os 10 anos de sua marca. Pela primeira vez mostra uma linha de trajes cerimoniais voltados ao público LGBTQIAPN+ em que trabalha os seus códigos mais marcantes: o corte no viés, tecidos drapeados e alfaiataria espiralada.
O estilista trabalha com técnicas de ateliê em uma base de sarja e algodão empapelado, e camisaria com fibra de bambu, imprimindo casualidade em peças de construção elaborada.
Ficam lado a lado de camisetas estampadas com instrumentos de música negra. Um broche mistura o cifrão do hip hop dos anos 80, e a Clave de Fá, usada para nortear instrumentos como contrabaixo, violoncelo, fagote e trombone. Até a beleza foi inspirada na música: a maquiagem da cantora Sade e os acessórios de cabeça com penas do vestido de noiva de Whitney Houston.
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O Amor é um tema bastante explorado por Célio Dias nos desfiles da marca LED. E depois de algumas temporadas falando de sofrência (que é uma forma de amor!….), na edição N57 ele apresenta a coleção “Lindo Baile”, olhando para o aspecto de trocas saudáveis e seguras que também fazem parte da experiência amorosa.
Confirmando a tendência das top models brasileiras nesta edição do evento, Barbara Fialho abre o desfile com um terno jeans. Tem várias opções em jeanswear, com corações pintados de branco ou com recortes vazados.
O início mostrou uma coleção urbana, diurna e com apelo comercial, mas que ainda reforça o conceito da marca. E foi evoluindo para propostas mais elaboradas e para a noite, que mostram a sensualidade que é outra maneira de enxergar o amor.
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Fonte e texto SPFW – Fotos exclusivas: Crédito Iva Santanna Divulgação/Arquivo Pessoal
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