Atriz de Fuzuê, Chan Suan fala sobre representatividade na dublagem

Atriz de Fuzuê, Chan Suan fala sobre representatividade na dublagem. Crédito Fotos: Rodrigo Lopes – Divulgação/Arquivo Pessoal.

A atriz Chan Suan, 40 anos, coleciona diversos trabalhos no audiovisual, principalmente no cinema e no streaming como: Vicky e a Musa (Globoplay), As Five (Globoplay), O Ornitólogo (Mubi filmes), Depois do Universo e Lulli (Netflix), entre outros.  

Atualmente em “Fuzuê”,  numa participação especial com a protagonista Giovana Cordeiro, Chan, vive a personagem “Fernanda”. Chan nasceu na China, e mudou – se para o Brasil aos 5 anos de idade. Sua carreira também é marcada pela luta representatividade, inclusive na dublagem, mercado em que também exerce seu ofício enquanto artista. 

Atriz de Fuzuê, Chan Suan fala sobre representatividade na dublagem
Atriz de Fuzuê, Chan Suan fala sobre representatividade na dublagem

Você atualmente está trabalhando como atriz e dubladora. Conte um pouco sobre as diferenças das atividades e como elas se complementam? 

 – São muito diferentes, a dublagem é muito complexa.

Interpretamos como ator também nos estúdios de dublagem, mas com muito mais ênfase na fala, porque é somente a voz que irá para o video. Fora que todos os nossos sentidos são ativados durante a dublagem, como total atenção na visão, audição e fala, pra encaixar direitinho na boca do personagem.

A gente tem que seguir eles. Ao desenvolver mais a fala, ela ficou mais potente nas atuações, e sem saber atuar, a dublagem fica ruim pouco orgânico.

Atriz de Fuzuê, Chan Suan fala sobre representatividade na dublagem

Atriz de Fuzuê, Chan Suan fala sobre representatividade na dublagem
 

Como você analisa o mercado da dublagem no Brasil?
 – Ainda é muito fechado. Quem está bem inserido no mercado continua, e fica cada vez mais ágil e melhor na função, qualidade muito valorizado pra dublar.

Quem não é muito chegado aos grupos já atuantes tem mais dificuldades de se estabelecer no mercado. Mas foi interessante ver surgir uma união muito forte da categoria, devido ao uso de inteligência artificial ameaçando a função.

E não somente a dublagem; atores, roteiristas e outros técnicos da categorias estão buscando se reunir e criar algo que regulamente o uso da A.I. de forma indiscriminada. Ainda é algo novo e em andamento no Brasil, com muita importância. 

Atriz de Fuzuê, Chan Suan fala sobre representatividade na dublagem

Você participou da série  “Mansão das Milfs”, como você analisa a representatividade nesse trabalho?    
 – Foi um grande trabalho de representatividade que todas as produções deveriam seguir. Eu dublei a personagem So Young, uma “Milf” (referência à “mãe quente”) sul-coreana que entra no programa com seu filho.

Foi um convite muito especial e de confiança feito pela diretora de dublagem Tonia Mesquita, que está sempre atenta às causas de representatividade, e lutou pra eu estar na voz da So Young.

Normalmente, chamam os dubladores mais recorrentes e não se dão o trabalho de representar, e tampouco ligados em diversidade nos produtos dublados; muitos “Doramas”, séries e filmes, inclusive chineses.

Fiquei muito contente com o elogios do meu trabalho na “Mansão das Milf”, e eu adorei faze-lo! Muito grata à Tonia, e que a dublagem se conscientize mais sobre diversidade.

Já tenho percebido solicitações de dubladores coreanos (o que pode ser muito difícil, por isso a representatividade é sobre asiáticos em geral), mas ainda são raros esses pedidos. São milhares de produtos asiáticos em alta.

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Fonte Cruz Comunicacão Assessoria de Imprensa – Fotos: Divulgação/Arquivo Pessoal – Crédito Fotos: Rodrigo Lopes

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