Dia do Sommelier: qual a diferença entre vinhos orgânicos, biodinâmicos, naturais e veganos?
Sommelier Leandro D’Kessadjikian, consultor da Wine & Spirit Education Trust (WSET), explica as particularidades de cada rótulo.
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Sommelier Leandro D’Kessadjikian, consultor da Wine & Spirit Education Trust (WSET) – Dia do Sommelier: qual a diferença entre vinhos orgânicos, biodinâmicos, naturais e veganos?
Entre os enófilos – nome que se dá para os amantes de vinho –, alguns rótulos têm ganhado espaço nas prateleiras nos últimos meses: são eles os vinhos orgânicos, biodinâmicos, naturais e veganos. Apesar de apresentarem algumas semelhanças entre si, cada tipo carrega particularidades no que se refere à produção da bebida.
O sommelier Leandro D’Kessadjikian, consultor da Wine & Spirit Education Trust (WSET), aponta as principais diferenças entre eles. Acompanhe!
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Vinhos orgânicos
Antes de existirem os agrotóxicos, ou seja, até o início do século passado, os agricultores precisavam manter suas plantações de forma natural. A partir desse período, o uso de itens como pesticidas e fungicidas passou a ser dominante. “Embora a utilização de produtos químicos tenha se difundido e se mantenha forte até os dias de hoje, ainda existem produtores que dão preferência a recursos naturais para garantir uma bebida autêntica. É o caso dos vinhos orgânicos, biodinâmicos e naturais”, afirma.
O vinho orgânico, em especial, é feito com uvas cultivadas de forma orgânica, isto é, sem a utilização de agrotóxicos no vinhedo. “Assim, para impedir ameaças à vinha e ao terreno, como insetos, fungos e ervas daninhas, o manejo é baseado em produtos naturais e equilíbrio ecológico. Como resultado, qualquer resíduo de pesticida deixa de ser ingerido pelo consumidor no momento da degustação”, afirma.
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Vinhos biodinâmicos
Além dos preceitos da produção orgânica, os vinhos biodinâmicos seguem a linha filosófica de Rudolf Steiner. O conceito é baseado em um ambiente totalmente autossustentável e com a mínima interferência do homem.
“Não são usados agrotóxicos e fertilizantes, mas é possível contar inicialmente com preparados biodinâmicos – fórmulas naturais à base de ervas medicinais e minerais – para a recuperação do ecossistema. Na elaboração dos vinhos, nada de leveduras que não sejam naturais e o mínimo, ou nada, de enxofre. Com isso, busca-se a recuperação da terra e sua energia vital, culminando em frutos que expressam as características do local de onde vieram”, descreve Leandro.
Vinhos naturais
Aqui, há uma diferença importante: nos dois processos já citados, existem órgãos regulamentadores e fiscalizadores que garantem suas procedências. Já com os vinhos naturais isso não acontece. Há apenas um consenso entre as técnicas utilizadas pelos produtores.
“Para a maioria deles, o vinho natural se dá basicamente pelo mosto de uvas orgânicas fermentadas com leveduras naturais, sem qualquer intervenção. O enxofre é quase sempre banido, assim como muitos se opõem ao uso do envelhecimento em carvalho”, conta. “São vinhos bastante sensíveis e instáveis; por isso, são produzidos com redobrado cuidado e atenção para que o produto final traga exatamente o sabor mais puro possível das uvas utilizadas”, destaca o especialista.
Dia do Sommelier: qual a diferença entre vinhos orgânicos, biodinâmicos, naturais e veganos?
E os vinhos veganos?
O mercado de vinhos precisou se adaptar à popularização do movimento vegano e fornecer opções viáveis.
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Dia do Sommelier: qual a diferença entre vinhos orgânicos, biodinâmicos, naturais e veganos?
É difícil pensar que um vinho possa conter qualquer tipo de componente de origem animal, não é mesmo? Pois pasmem: essa é uma realidade do processo da maioria das produções. O sommelier enfatiza:
“A clarificação é um procedimento que purifica a bebida através de um agente filtrante adicionado ao barril, fazendo com que os resíduos fiquem no fundo do tanque e sejam eliminados antes do engarrafamento. As substâncias utilizadas para chegar nesse resultado podem ser de origem animal ou mineral. Vale ressaltar que elas não permanecem no produto final, porém o uso de proteína animal já é suficiente para excluir o rótulo da categoria de veganos”, pontua.
E como identificar se um vinho é vegano? “Nem sempre é possível se basear nos rótulos. Mas expressões como ‘não filtrado’, ‘não afinado’ ou ‘métodos de autoclarificação natural’ significam que o vinho é liberado para os adeptos do veganismo. O ideal é entrar em contato com o produtor para sanar quaisquer dúvidas”, completa.
Leandro D’ Kessadjikian é empresário, influenciador e sommelier paulista. Com mais de 140 mil seguidores, ele usa as suas redes sociais para compartilhar dicas sobre empreendorismo, vinhos e também viagens. Leandro já visitou diversos países, como Dubai, Espanha, Argentina, Canadá, Portugal, Estados Unidos e outros.
Fonte Black.art.br Assessoria de Imprensa – Fotos: Divulgação / Arquivo Pessoal
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