Naked Boys Singing! Em São Paulo últimas semanas. Sucesso de crítica e público, o clássico off-Broadway, “Naked Boys Singing!” entra em suas últimas semanas de apresentação em São Paulo, no Teatro Nair Bello.
O espetáculo tem como protagonista o universo masculino e aborda questões como circuncisão, masturbação, HIV, ereção involuntária, corpo padrão, gordofobia, e claro, o amor.
Naked Boys Singing! é um espetáculo de teatro musical, ícone da cultura gay, que estreou no Hollywood ‘s Celebration Theatre, em Los Angeles nos Estados Unidos, em 1998, e que posteriormente foi montado em New York, onde se tornou o segundo musical mais longevo off-Broadway. Produzido em mais de 20 países, desde a sua estreia sempre esteve em cartaz em algum lugar do mundo.
No Brasil, a nova montagem esteve em cartaz no Teatro Sérgio Cardoso – Sala Paschoal Carlos Magno (2021) e, devido ao sucesso, retornou em cartaz com nova temporada presencial, em janeiro (2022), no Teatro Nair Bello.
O espetáculo esteve também no Teatro Claro Rio, no Rio de Janeiro (2022). Fará única apresentação em Curitiba, no dia 14 de maio, e retorna a capital paulista em junho, novamente no Teatro Nair Bello, para curta temporada às sextas, sábados e domingos.
Com músicas pujantes, tocadas ao vivo por um ator/pianista e defendido com energia e vitalidade por dez atores/cantores/bailarinos, além de uma equipe criativa com nove artistas.
O espetáculo é dividido por 15 atos musicados, que abordam temas distintos relacionados ao corpo masculino, do cômico nonsense ao drama.
Segundo o diretor Rodrigo Alfer, a pele exposta, desta vez, no musical tem um significado mais amplo e poético, principalmente pelo momento de pandemia em que fomos obrigados a nos cobrir, e temermos o corpo e contato com o outro. O musical além de libertador é uma celebração à vida.
O Musical
Naked Boys Singing! Possui a estrutura de um gênero que surgiu na França no século XV, o Vaudeville, nele artistas se apresentavam através de números musicais, de dança, acrobacias, mágicas, atletas, grupos ciganos e números com animais.
No seu início, os espetáculos eram apenas dirigidos para homens, pois seus números eram considerados grosseiros e chulos.
No século XIX nos EUA e Canadá ganhou contornos de comédia ligeira e foi a principal forma de entretenimento da classe média burguesa tornando-se uma diversão para toda a família.
No Brasil houve uma junção entre os termos que pode ser encontrada como opereta, variedade e teatro de revista.
Diferente de seu intuito inicial, que era somente entreter a burguesia, Naked Boys Singing! joga luz em temas como, circuncisão, masturbação, HIV, ereção involuntária, corpo padrão, gordofobia, pornografia e outras surpresas, além, é claro, de falar de amor.
O nu masculino na arte
Na história da arte figurativa, o nu existe desde os primórdios, foi praticado em diversas culturas como egípcias e assírias. Ao buscar um recorte em nossa cultura ocidental para o corpo masculino, é possível encontrarmos a forma de como foi retratado.
Na Grécia antiga, berço de nossa civilização, esteve presente tanto nas artes quanto na mitologia, onde encontramos seres com figurações masculinas e fálicas, como é o caso do deus Príapo.
Com o passar do tempo, o corpo nu masculino entrou para os estudos de anatomia, onde se fortaleceram nas instituições de arte e deixaram de ser algo provocativo, sendo retomado nos anos sessenta através de performances artísticas.
No Brasil, o espetáculo musical americano Hair, que em 1969 esteve em cartaz na cidade de São Paulo, com atores hoje consagrados, como Ney Latorraca, Antônio Fagundes e Sônia Braga, é considerado o primeiro espetáculo teatral com nu frontal coletivo, seguido por espetáculos do Teatro Oficina e por Raul Cortez que verdadeiramente fez o primeiro nu frontal masculino do teatro brasileiro, no celebrado espetáculo O Balcão, de Jean Genet.
Após esse período, o nu, principalmente o masculino, foi perdendo a sua força no que se diz respeito ao seu uso nas artes, e praticamente se tornou um tabu. Diferente do corpo feminino que sobreviveu, mas a serventia de um mundo patriarcal e machista.
Muito se fala da nudez gratuita ou de sua conotação mercadológica para se vender ingressos. Também se é dito que o nu ficou no passado e que ninguém mais se interessa. Com o advento da internet e da pornografia a mão de quem quiser, o nu foi atrelado a uma categoria menor, colocado num nível abaixo até mesmo por artistas.
Naked Boys Singing! Em São Paulo últimas semanas
Ficha Técnica:
Idealização: Robert Schrock
Versionista: Rafael Oliveira
Direção: Rodrigo Alfer
Direção Musical: Ettore Veríssimo
Assistente de Direção Musical: Gabriel Fabbri
Direção Coreográfica: Alex Martins
Assistente de Coreografia: João Hespanholeto
Direção de Acting: Érika Altimayer
Cenário e Figurino: Daniele Desierrê
Desenho de Luz: Guilherme Pereira e Rodrigo Alfer
Operação de Luz: Guilherme Pereira
Desenho de Som: André Omote
Copista: Rafael Gamboa
Cenotecnia: Alexandre de Marco
Produção: Alexandre de Marco
Produção Bacana Produção Artísticas & Mosaico Produções
Elenco: André Lau, Aquiles, João Hespanholeto, Lucas Cordeiro, Ruan Rairo, Silvano Vieira, Victor Barreto, Naice, Tiago Prates, Rodrigo Serphan e Gabriel Fabbri – Pianista
Serviço:
“Naked Boys Singing!”
Curta Temporada
Até 10 de julho
Teatro Nair Bello – Rua Frei Caneca, 569 – 3º Piso, Shopping Frei Caneca, São Paulo – São Paulo
Sexta e Sábado às 21h30 e Domingo às 19h
Ingressos de R$40,00 (meia) a R$80,00 (inteira)
Site para vendas: https://bileto.sympla.com.br/event/70174/d/136586/s/869801
Duração: 80 min
Classificação indicativa: 16 anos
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Fonte Unicórino Assessoria e Midia Assessoria de Imprensa – Fotos: Divulgação/Arquivo Pessoal
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